Por que voltei a escrever aqui
Comecei a blogar em 2004, quando a internet ainda tinha cheiro de texto novo e os links eram caminhos, não armadilhas. Antes de algoritmos, antes de notificações, antes dos likes moldarem a linguagem. O blog era uma carta aberta — e íntima. Um espaço em que se escrevia como quem pensa em voz alta. E foi assim, quase sem querer, que comecei a organizar publicamente minha cabeça em forma de parágrafo.
Entre 2008 e 2014, o blog foi o meu trabalho em tempo integral. Vivi disso. Viajei o mundo graças a um destes blogs. Tinha uma meia dúzia de blogs ativos e neles eu publicava minhas crônicas, ensaios, resenhas e rascunhos de livros futuros. Era aqui que construía uma relação direta com os leitores — sem intermediações, sem truques de visibilidade. Texto puro. Leitor real.
Depois vieram outras fases: o YouTube, os vídeos, as tretas sem fim no Twitter. E o blog, como tantos outros, ficou para trás. Quase como uma relíquia de um tempo mais lento. Mas agora, em 2025, decidi voltar.
Por que voltar a blogar em pleno colapso digital?
Porque escrever aqui ainda é o jeito mais sincero de conversar.
Porque, entre um vídeo e outro, entre o ruído e a rolagem infinita, ainda existe a possibilidade de um leitor silencioso, atento, que topa parar e mergulhar.
Estou retomando este espaço não por nostalgia, mas por necessidade.
A necessidade de um lugar fora do algoritmo, onde eu possa publicar o que penso — e não apenas o que tem um bom desempenho. Um lugar onde o tempo da linguagem volta a importar.
O blog como forma de resistência simbólica
Vivemos a era da distração compulsiva. Da urgência fabricada. Do conteúdo que não dura três segundos. Mas há quem ainda queira pensar. E há quem ainda queira ler.
Se você chegou até aqui, talvez seja um desses.
Por isso decidi transformar este blog novamente num arquivo vivo do meu pensamento. Aqui você vai encontrar:
-
Ensaios diários sobre cultura, política, linguagem, sociedade
-
Fragmentos nômades — crônicas da estrada e do deslocamento
-
Reflexões que não cabem em vídeo
-
Bastidores do que escrevo, dos livros que virão
-
E talvez, de vez em quando, uma pequena confissão
Um convite para ficar
Voltar a escrever aqui não é um gesto de marketing. É um gesto de reencontro.
Se você me acompanha há anos — ou se chegou agora — este é o lugar onde as palavras ainda têm espaço para respirar.
E se quiser receber meus textos direto no seu e-mail, sem depender de redes sociais, é só assinar a newsletter.
Nenhum spam, nenhuma fórmula. Só pensamento.
A porta está aberta.
O blog voltou.
— Henry Bugalho
Inscreva-se na nossa newsletter semanal:
Inscreva-se na nossa newsletter semanal:
Que notícia boa. Um alívio ler este texto em tempos de caos.
ResponderExcluirÓtima decisão!
ResponderExcluirObrigado Henry
ResponderExcluirObrigada, Henry! Precisamos disso.
ResponderExcluirAcompanho seu trabalho no YouTube, irei fazer aqui também!
ResponderExcluirAcompanho você há anos e estarei por aqui te acompanhando! Abraço!
ResponderExcluirMuito obrigada, Henry. Eu não aguento mais redes sociais. Beijo.❤️
ResponderExcluirFinalmente um ar de respiro das redes sociais, não necessariamente desse anonimato sem consequências e da pouca digestão de conteúdos efêmeros. Longe de gente que faz debates que visam um fim e não a reafirmação do mesmo ponto.
ResponderExcluirQue boa noticia, tenho percebido um retorno da internet para os blogs. Em fevereiro voltei a postar algumas coisas em um blog, me parece algo mais silencioso e confortável as demais redes sociais andam muito barulhentas, é tanta informação quando tu vê passou o dia todo ali estático rolando um feed se alimentando de coisas inúteis, com a cabeça cheia de informação o corpo dolorido e nada a acrescentar na vida da gente. Que bom que tu retornou ao blog, vou acompanhar com bastante alegria.
ResponderExcluirÓtimo, Henry!
ResponderExcluirParabéns pela iniciativa. Escrever é uma arte nesses dias conturbados.
ResponderExcluirBoa Henry!
ResponderExcluirachei muito legal a iniciativa. eu adoro ler seus textos e vou te acompanhar aqui. já assinei a newsletter. obrigado pelas suas cronicas e criticas sobre o cotidiano.
ResponderExcluir